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Os dados oriundos da Renda são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), referente ao ano de 2009. A tabela consultada refere-se à informação de pessoas de 10 anos ou mais de idade e valor do rendimento médio mensal, por sexo, situação e classes de rendimento mensal. A mais detalhada abrangência dos dados da PNAD é a de unidade da federação, portanto os dados retratam a realidade estadual.
A fim de compreender melhor a realidade dos estados, os dados foram agregados em outras faixas de recebimento baseada no salário mínimo (SM). Assim, as 10 faixas classes originais da PNAD (até ½ SM, mais de ½ a 1 SM, mais de 1 a 2 SM, mais de 2 a 3 SM, mais de 3 a 5 SM, mais de 5 a 10 SM, mais de 10 a 20 SM, mais de 20 SM, sem rendimento (renda) e sem declaração) passaram a compor 5 classes agregadas, a saber: de ½ a 1 SM, mais de 1 a 3 SM, mais de 3 SM, sem renda e sem declaração.
Como os dados sem declaração se mostraram insignificantes no contexto nacional e estadual, eles foram ignorados nas análises.
Da população representante da PEA brasileira, 25,19% recebem até 1 SM, 29,59% são de renda maior de 1 e até 3 SM, 12,67% de 3 SM e 31,09% da PEA nacional não recebem salário algum. Na média dos estados, salvo no quesito sem renda, há discrepâncias consideráveis em relação aos percentuais brasileiros. Ressalta-se que no Tocantins, mais de 60% da PEA recebem até 3 SM, mais que a média nacional de 54,78%.
Na faixa salarial de até 1 SM está o Piauí com 42,82% da PEA recebendo a mencionada renda. Nas rendas maiores de 1 até 3 SM encontra-se o Maranhão e Piauí com 18,86 e 19,96% da PEA, respectivamente. As rendas maiores de 3 SM no Maranhão, Piauí e Bahia se apresentam em percentuais de 5,44%, 5,78% e 6,59%, respectivamente. Nos estados da Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins os números percentuais de desprovidos de renda são quase que correspondentes aos encontrados nos valores dos sem renda do Brasil.
Sobre questões de gênero, a presença das mulheres está marcadamente na faixa de renda mais baixa, de até 1 SM mensal, num percentual médio de 5,60% nos quatro estados e de 7,70% no Brasil. Se agregarmos as duas faixas de renda seguinte (de 1 até 3 SM e maior que 3 SM), teremos os homens com os melhores salários do que as mulheres em todos os estados, com diferenças entre a renda masculina da feminina na ordem 18,57% do PEA no Brasil, de 13,51% no Maranhão, de 13,66% no Tocantins, de 12,18% na Bahia e de 8,98% no Piauí.
Sobre a possibilidade da localização da PEA no espaço territorial dos estados influenciar ou não nos rendimentos, no Brasil urbano a soma daqueles que nada recebem ou recebem até 1 SM perfaz pouco mais de 50% da PEA, enquanto que nos estados esta combinação alberga mais de 60% (em média) da PEA.
Assim, fica claro que os salários mais altos estão na área urbana, numa proporção média de 17,11% (nas médias estaduais) a mais que na área rural. Por analogia com as conclusões do item população, que informa que são os municípios de São Gonçalo da Gurguéia (PI) e Rio Sono (TO) os maiores detentores de população rural na área alvo, conclui-se que são eles os municípios com a distribuição de renda mais perversa para sua PEA, uma vez que os melhores salários estão nas sedes urbanas.